Vicente Lucas um exemplo de correção desportiva

Foi em 1958-59 que a Associação de Futebol de Lisboa galardoou, com a Medalha de Ouro, quanto a conduta disciplinar, estes jogadores que apetece sempre apontar como exemplo a seguir: Rafael (Caneças), Germano (Atlético), Vicente (Belenenses), Serra Coelho (Casa Pia) e Herculano (Povoense).
post publicado originalmente em 23/07/2009 

Se enriqueci a jogar à bola ? Não senhor ! O Belenenses é um clube pobre

Início de Novembro de 1966. Durante uma homenagem à selecção nacional, Vicente foi alvo de especial carinho. Reconhecem-se Germano (pelo pouco cabelo), José Augusto, dr. Silva Rocha, Vicente, Simões e José Torres.

José Mourinho, guarda-redes com 35 anos e Quinito, o activo centro-campista de 24 anos

«Dois dos homens da equipa do Belenenses para olhar esta noite são os internacionais José Mourinho, à esquerda, guarda-redes, 35 anos e Joaquim «Quinito», o activo centro-campista de 24 anos.» in Programa do jogo a contar para a 2ª mão da 1ª eliminatória da Taça UEFA (03/10/1973) Wolverhampton Wanderers, 2 - C.F. Os Belenenses, 1.
post publicado originalmente em 18 de Abril de 2008

Se não voltar a ver com os dois olhos vejo com um. Piedade para o Vicente é que não

«Se não voltar a ver as coisas do mundo com o olho direito, o esquerdo bastará para que continue a olhar em frente como sempre tenho feito em toda a minha vida. Piedade para Vicente é que não.» Vicente Lucas em entrevista de Joaquim Letria, publicada em 11 de Novembro de 1966 na revista «Flama»

Faleceu Mourinho

José Manuel Mourinho Félix
Ferragudo - Lagoa, 12/02/1938 - Setúbal, 25/06/2017
⚽Defendeu a baliza belenense durante 6 épocas (1968/69 a 1973/74). Foi treinador do Belenenses em 1970/71 (como adjunto de Homero Serpa, após demissão de Joaquim Meirim) e 1982/83. Vice-Campeão Nacional, da época 1972/73. É o 39º jogador internacional “A” do Clube de Futebol “Os Belenenses”. Foi titular absoluto (30 jogos/2.700 minutos) nos campeonatos de 1971/72 e 1972/73.
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Vicente, recebendo a Taça de Portugal de 1960

Estádio Nacional, 3 de Julho de 1960. O Presidente da República, Américo Thomaz, entrega a Taça de Portugal a Vicente, sob o testemunho do sportinguista Fernando Mendes.

Sai um Três Vintes (20-20-20) pró Vicente !

Nem o facto de não fumar impediu que Vicente comprasse um maço de cigarros 'Três vintes' (20-20-20) na tabacaria propriedade do mano Matateu, situada na delegação do Belenenses da Avenida da Liberdade.

Três Vintes: 20 cigarros, 20 gramas, 20 centavos
post publicado originalmente em 10/05/2011

Vou jogar !? pensei que tinha vindo só para marcar o Pelé…

«Cinco anos depois de ter assinado pelo Belenenses, Vicente chegava à Selecção Nacional na qual nunca teve uma presença muito firme. Os confrontos com o Brasil, sobretudo aquela célebre vitória de Abril de 1963, em Lisboa (1-0), criaram um facto inesquecível na vida do defesa central português: a forma como soube marcar Pelé, a grande estrela do futebol mundial, secando-o por completo, sem utilizar meios ilícitos, e que permitiram à imprensa rejubilar em manchete: «Vicente meteu Pelé no bolso!»
Não admira, portanto, que das suas 20 «internacionalizações», Vicente some 6 contra o Brasil. Desta forma, quando convocado para a fase final do Mundial de 1966, em Inglaterra, e sabendo que seria titular no primeiro encontro, contra a Hungria (3-1), surpreendeu-se: «Pensei que vinha só para marcar o Pelé…» 
Não tendo participado em nenhuma das partidas da fase de qualificação, Vicente jogou quatro encontros da fase final, saindo da equipa na meia-final, contra a Inglaterra (1-2), alegadamente por ter sofrido uma lesão no pulso, mas com muita gente a levantar a suspeita de que teria havido movimentações para o preterirem no onze português em favor de um companheiro. 
O Portugal-Coreia do Norte (5-3) marcaria assim o seu adeus à «equipa de todos nós». Não adivinhava, então, que a época seguinte, na qual só realizou três jogos pelo Belenenses, seria a última. 
Um estúpido acidente de automóvel provocou-lhe um rasgão na córnea. Era o fim do defesa central azul, que sabia como não deixar jogar Pelé e passou pelo futebol como sempre foi na vida: com educação e bondade.» Fonte: FPF

Nunca meti o Pelé no bolso, como gostam de dizer


«Diz-se que geralmente ‘secava’ Pelé. É positivo o saldo dos confrontos com aquele que é considerado o melhor jogador de sempre?
- Joguei contra ele seis vezes. Duas vitórias, dois empates e duas derrotas. Não fiz nada de especial, nunca o meti no bolso, como gostam de dizer.
OK. Qual foi o jogo em que lhe deu mais trabalho?
- Todos pensam que foi no Mundial. Foi difícil marcá-lo em todos os jogos. Mas vocês só falam de Pelé. Encontrei jogadores anónimos que fintaram, marcaram golos, fizeram tudo comigo. Desses ninguém fala.
Quem era mais difícil de marcar: Pelé ou Eusébio?
- São jogadores com diferentes características e posições. O Eusébio como vinha de trás e podia aparecer em todo o lado, marcava-o à zona. O Pelé como ficava lá ao pé de mim, não lhe podia conceder um milímetro, se fosse á casa de banho, ia com ele.
É verdade que Pelé levou porrada até dizer chega? 
- Não vi nenhuma, sem ser aquela do Morais naquele famoso lance. As pessoas estão sempre a defender o Pelé mas esquecem-se que ele era um jogador malandreco. A jogar metia o pé por cima da bola e mais nada.» 
📰 Excerto de uma entrevista de Vicente ao jornal "A Bola", edição de 20 de Junho de 2007.
⛹ Vicente Lucas, foi titular em seis jogos contra a selecção do Brasil: a 06/05/1962, em S. Paulo (derrota, 1-2); a 09/05/1962, no Rio de Janeiro (derrota, 0-1), em Lisboa a 21/04/1963; (vitória, 1-0), no Rio de Janeiro a 07/06/1964; (derrota, 1-4), no Porto a 24/06/1965 (0-0); e em Liverpool, a 19/07/1966 (vitória, 3-1).

Vicente (Belenenses) indiscutível «rei» em pendularidade

Vicente, "Figura do mês" de Abril de 1966 do Boletim Informativo da Associação de Futebol de Lisboa, por ter vencido o «Prémio Regularidade» da época 1965/66, instituído pelo jornal «Mundo Desportivo. 

Os irmãos Matateu e Di Pace causaram com os seus lances constante atrapalhação na defesa dos «estudantes»

“Vicente, desembaraçou-se de Torres e de Azeredo e caminha para a baliza. 
Mas não foi golo…”
⚽ Domingo, 26 de Setembro de 1954. Jogo da 3ª jornada do campeonato, no campo das Salésias, com assistência numerosa. Árbitro: Cunha Pinto, de Setúbal.
⛹ Belenenses - José Pereira; Francisco Rocha e Serafim das Neves; Pires, Raúl Figueiredo e Diamantino; Vinagre, Di Pace, Matateu, Vicente e Angeja. Treinador: Fernando Riera
⛹ Académica - Ramin; Mário Torres e Melo; Abreu, Mário Wilson e Azeredo; Peridis, Abreu, Mota, Francisco André e Bentes.
Marcha do Marcador: 1-0, por Di Pace, aos 5'; 2-0, por Matateu, aos 8'; 2-1, aos 10' por Torres, de penalty; 2-2. aos 30' por Mário Wilson; 3-2, aos 64' por Matateu, de penalty; 4-2, aos 70' auto-golo de Torres; 5-2, aos 77' por Matateu; 6-2, aos 89', também por Matateu. Resultado final: Belenenses, 6 - Académica, 2.