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Equipa de Honra do C.F. «Os Belenenses» finalista da 2ª edição da «Taça de Portugal» - época de 1939/40

📸 Mariano Amaro, Francisco Gomes, Alberto Jesus, Óscar Tarrío, Francisco Gatinho, Machado Costa (massagista) e Salvador Jorge.
📸 Perfeito Rodrigues, Artur Quaresma, Horácio Tellechea, Alejandro Scopelli e Rafael Correia.
⮞ Três argentinos de alto gabarito, no «onze» de honra⮜
Post originalmente publicado em 27/09/2009

Marcaram-se 11 pontos nas Salésias no impressionante jogo da 1ª Liga entre o Belenenses e o Sporting

Jornada 11ª da 1ª Liga - 3 de Abril de 1938. Jogo nas Salésias. Uma casa boa. Muito entusiasmo. Árbitro - Manuel de Oliveira (Coimbra). Eis as linhas:
Belenenses - Artur Dyson; Francisco Gatinho e José Simões; Mariano Amaro, Varela Marques e Rodrigues Alves; Perfeito Rodrigues, Alberto Jesus, Jaime Viegas, Bernardo Soares e José Luiz
Sporting - Azevedo; Jurado e Galvão; Rui Araújo, Paciencia e «Manecas»; Mourão, Soeiro, Peyroteo, Pedro Pireza e Cruz.
A saída pertenceu ao Sporting, que realizou as primeiras incursões, sem inquietar Dyson. Na resposta belenense, a bola também não chegou a passar da defesa leonina.
Cêdo se marcou o primeiro ponto da tarde: havia 3 minutos de jogo. Obteve-o o Sporting, após uma avançada em forma, com inicio a meio do terreno. Rui passou a Mourão, depois Peyroteo e Soeiro, o qual serviu João da Cruz, que «shotou» ás balisas. Dyson defendeu com dificuldade, para perto, e Cruz, na recarga fez o «goal».
No termo dos vinte minutos, o Sporting fez 2-0. Ataque pela direita e centro de Mourão, que a defesa azul não devolveu com necessária presteza, proporcionando a Peyroteo, um remate rasteiro, que Dyson não pôde segurar.
A fisionomia do encontro não se alterou. O Belenenses continuou animoso, a fazer um maior numero de avançadas que os «leões». Aos 32 m, os «azues» reduziram a diferença, na sequencia de um canto marcado por José Luíz. A bola chegou directa a Jesus que, apoiando-se em Paciencia, rematou de cabeça a contar.
Três minutos depois, o Sporting fez novo ponto - por sinal vistoso. Pireza, em luta com Gatinho levou a melhor e passou a bola a Cruz. Este, centrou com a conta precisa, e Peyroteo, de cabeça, antecipou-se a Dyson, para introduzir a bola na balisa por um pequeno espaço entre a balisa e o guarda-rêde.
Aos 40 minutos 4-1 - Com os movimentos facilitados pela indecisão da defesa contrária, a bola girou de Peyroteo a Cruz, deste a Mourão, e por fim a Pireza, que foi o marcador.
No declinar desta parte, um «livre» marcado por Gatinho, a mais de 30 metros, ia resultando. O «tiro» bateu Azevedo, mas a trave devolveu o esférico, perdendo-se a recarga.
O intervalo chega com o Sporting a ganhar 4-1, mas com os ânimos exaltados, em virtude de o árbitro não ter assinalado uma mão a Galvão.
A segunda parte. Começou esta parte com os ânimos em efervescencia. O público e os jogadores belenenses voltaram, agora, a reclamar a penalidade máxima, por falta atribuída a Paciencia. O árbitro tornou a não atender os reclamantes, e o jogo perdeu bastante daquela compostura que constituiu um dos motivos de agrado de quasi toda a primeira parte.
Em poucos minutos, Soeiro, Pireza e Azevedo fôram alvo das «caricias» do adversário.
Aos 5 m., teve o Belenenses o seu segundo ponto à vista. O remate de Perfeito parecia destinado a exito, mas Azevedo «in-extremis» evitou o «goal».
Aos 18 m., o Belenenses marcou pela segunda vez. Viegas, acercou-se das rêdes contrárias, passou Galvão, e mesmo com esse defesa à ilharga, apontou de vagar para o melhor sitio, marcando o ponto.
Três minutos depois, o marcador acusou 5-2, com ponto novo a favor do Sporting, marcado por João da Cruz, na aplicação de uma penalidade maxima, provocada por uma entrada de Gatinho a Peyroteo.
No curto espaço de oito minutos, a vitória do Sporting - que parecia assegurada - desfez-se com três pontos de enfiada, obtidos pelo Belenenses.
Aos 35 m. exactos, surgiu o primeiro da série, bonito por sinal. Perfeito, parou a bola quasi sobre o limite do terreno e centrou à vontade, proporcionando a Bernardo o remate, lançado a meia altura, sem deixar cair a bola no solo.
Dois minutos depois, o novo ponto dos «azues» com um grande «tiro» de Jesus, a um passe do seu interior direito.
Finalmente, o empate (5 a 5) obtido por Perfeito, na sequencia de um centro vindo da esquerda. Estava, porém, escrito que o Sporting não se deixaria bater, e a 2 minutos do fim Peyroteo - sempre ele - em luta cerrada com a defesa contrária, conseguiu o triunfo para o seu clube, fazendo o 6º ponto. E acabou o jogo que foi impressionante.
Os melhores do Sporting: Azevedo, Peyroteo e Paciencia. Do Belenenses: Amaro, Perfeito e, por vezes, os dois interiores.
⛹ Alberto de Jesus, foi jogador do Belenenses de 1937/38 a 1940/41.

Belenenses fez três golos em dois minutos na expressiva vitória sobre a Académica, em Coimbra

Diário de Lisboa de 4 de Abril de 1937

Num desafio para o campeonato da liga em 4 de Abril de 1937, em Coimbra, o Belenenses logrou marcar três golos no breve espaço de dois minutos.
Ao 16.º minuto de jogo, Rafael, esquivou-se a todas as entradas e, por uma nesga que o guarda-redes deixara a descoberto, enfiou o esférico na baliza.
Bola ao centro, pontapé de saída dos académicos, intercepção dos «azuis», descida, troca de passes na grande área dos locais, chuto de Rafael que esbarrou nas pernas do guarda-redes (Tibério) e recarga vitoriosa de Quaresma.
De novo bola ao centro, a mesma cena, descida dos «azuis», com José Luís e Quaresma a permutarem a bola, remate daquele, emenda de Rafael, a contar!
3-0 em 120 segundos, mais segundo , menos segundo !...

O Belenenses alinhou do seguinte modo: João Reis, José Simões e Francisco Gatinho; Mariano Amaro, Varela Marques e Jaime Viegas; Perfeito Rodrigues, Rafael Correia, Artur Quaresma, Bernardo Soares e José Luís. 

A Equipa do Belenenses da época de 1939-40 em cromos puzzle da Colecção «Rebuçados Desportivos», edição da Confeitaria Universo

José Simões, Veríssimo, Francisco Gatinho, Rafael Correia
Mariano Amaro, Varela Marques, Rodrigues Alves
Alberto Jesus, Artur Quaresma, Francisco Gomes, Bernardo Soares
Capa da caderneta de cromos (bonecos dos rebuçados/caramelos) da colecção «Rebuçados Desportivos» editada pela «Confeitaria Universo» Rua da Alegria, 22 - Lisboa 

O regresso dos heróis após a 1ª vitória contra a Espanha

O seleccionador nacional de futebol, Cândido de Oliveira, acompanhado dos belenenses Mariano Amaro, Artur Quaresma, Francisco Gatinho e José Simões à sua chegada a Lisboa depois de participarem no jogo Espanha-Portugal, disputado em Vigo em 28 de Novembro de 1937 e que terminou com a vitória da selecção portuguesa por 2-1.
Este desafio, disputado durante a Guerra Civil Espanhola (1936 - 39) sob os auspícios de um dos contendores fratricidas, tem duas curiosidades: foi a 1ª vez que Portugal ganhou a Espanha e, nunca foi homologado pela FIFA.
A não homologação deveu-se ao não reconhecimento internacional do governo da Falanje Espanhola (Franquista), que depôs o governo democrático, republicano

A Equipa de honra do C.F. «Os Belenenses» finalista da «Taça de Portugal» da época de 1939/40

O “onze” que jogou a final da Taça de Portugal de 1940, contra o Benfica (derrota, 1-3).

Em cima (da esquerda para a direita): Mariano Amaro, Francisco Gomes, Alberto de Jesus, Óscar Tarrío, Francisco Gatinho, Machado da Costa (massagista) e Salvador Jorge.

Agachados (na mesma ordem): Perfeito Rodrigues, Artur Quaresma, Horácio Tellechea, Alejandro Scopelli, e Rafael Correia