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O Clube de Futebol 'Os Belenenses' foi fundado há 98 anos

Estádio José Manuel Soares, ex-Campo das Salésias, 17 de Setembro de 1939. Inicio das festividades do 20º aniversário do Clube de Foot-Ball «Os Belenenses». Pouco depois das 16 horas e 30 minutos realizou-se a parada atlética constituída por dezenas de atletas do clube e por várias delegações de clubes convidados. O público saudou carinhosamente Artur José Pereira que, a certa altura, tomou lugar junto de Joaquim de Almeida, que empunhava o estandarte do Clube.

«À entrada do campo, junto ao monumento erigido à memória do malogrado «Pepe», a direcção do clube em festa promoveu uma curiosa exposição de troféus - trezentos e oito - conquistados pelos atletas do Belenenses durante vinte anos de activo e glorioso labor desportivo. O público quedou-se por longo tempo na sua contemplação, manifestando a cada passo o seu interesse pela admirável obra desportiva que a exposição traduzia.»

O Belenenses “esmagou” o Vitória, presenteando assim Cândido de Oliveira e Artur José Pereira

“A notável recuperação do Belenenses – numa impressionantíssima desforra, o Belenenses “esmagou” positivamente o Vitória, presenteando assim os seus orientadores técnicos – Cândido de Oliveira e Artur José Pereira, este já bastante melhor da enfermidade que o atacou, - e que naturalmente satisfeitos assistem à marcação de mais um “tento” na balisa dos setubalenses.”

  • Revista “Stadium” de 9 de Julho de 1937
  • post publicado originalmente em 16/03/2008

Na festa de homenagem a Artur José Pereira, a figura do grande jogador foi saudosamente recordada

Tavares da Silva entrega a Taça ”Diário de Lisboa”, conquistada pelo Belenenses, a José Pedro, capitão do clube do homenageado.
Estádio José Manuel Soares, 25 de Dezembro de 1942. Disputa da Taça «Diário de Lisboa»: Belenenses, 2 - Sporting, 0. Disputa da Taça «Stadium»: Benfica, 6 - Estoril Praia, 3.

O onze do Club de Football "Os Belenenses" que jogou a «Taça Associação» de 1920

"O onze do Club de Football "Os Belenenses" que amanhã (24/10/1920) encontra o Sport Lisboa e Bemfica na meia final da "Taça Associação” (Cliché de Manuel Tróia). 
O Belenenses venceu o Benfica por 4-1 e perdeu por 3-2 no jogo da final com o Casa Pia A.C., disputado no Campo Grande, em 7/11/1920.
Belenenses - José Paulo dos Santos; Eduardo Azevedo e Marques; Francisco Pereira, Artur José Pereira e Arnaldo Cruz; Fernando António, Francisco Ferreira, Henrique Silva, Joaquim Rio e Alberto Rio.
➤ «Taça Associação» i.e. «Taça da Associação de Futebol de Lisboa» ⮜
📰 Footbal - Revista Desportiva Ilustrada - Edição de 23 de Outubro de 1920. Número avulso $20.

Os primórdios do Belenenses

A primeira equipa do clube
Joaquim Rio, Carlos Sobral, Francisco Pereira, Aníbal dos Santos, Manuel Veloso, Mário Duarte, Arnaldo Cruz, Alberto Rio, Edmundo Campos, Romualdo Bugalho e Artur José Pereira

11 'internacionais' Belenenses entre os '100 Magníficos' (os melhores de sempre do futebol português, segundo Rui Dias)

Artur José Pereira, Artur da Silva Quaresma, António Feliciano, 
José Manoel Soares "Pepe", Artur Jorge Braga de Melo Teixeira, 
José Maria de Carvalho Pedroto, Mariano Rodrigues Amaro, Minervino Pietra
Vicente Lucas, Augusto Silva e Lucas Sebastião da Fonseca "Matateu"

Artur José Pereira, jogador de qualidades excepcionais

Considerado durante décadas o melhor jogador português de sempre, Artur José Pereira, representou o União Belenense na época de 1907/08, o Benfica de 1908/09 a 1913/14 (vencendo 3 campeonatos de Lisboa), o Sporting, da época de 1914/15 a 1918/19 (vencendo 2 campeonatos de Lisboa e 3 Taças de Honra) e finalmente, o Belenenses de 1919/20 a 1921/22. O seu último jogo oficial foi a 26 de Março de 1922. 

À hora do treino com o Mestre Artur José Pereira

Artur José Pereira dando indicações 
ao antigo internacional Alfredo Ramos, sôbre o treino

Eram umas seis horas da tarde quando entrámos no Campo de Belém. À nossa frente haviam chegado já muitos jogadores, sendo mais apressados os de categorias inferiores. Equipados e já a bater a bola uns oito. Entre êles, do «team» de honra, só Bernardo e Miranda. E, a orientar, em mangas de camisa, com a cabeça característica bem destacada - o mestre Artur José Pereira.
À volta do campo, fora das grades, uns cinquenta «suporters» assistiam interessados às praxes do treino.
Nós havíamos entrado sem nos fazer anunciar e, desconhecidos, deixámos-nos ficar colhendo impressões.
Os jogadores faziam passagens rápidas e chutavam  ao goal. Miranda procurava o mais possível defender. Os pontapés de Bernardo eram certeiros, sêcos... e eficazes. Junto às balisas havia garotos para apanhar as bolas e, entre os cinquenta adeptos, reinava um emocionante e interessado silêncio.
Apenas uma ou outra indicação de Artur José...e o baque sêco do esférico, sempre jogado, sempre a girar. De minuto a minuto mais jogadores foram entrando: José Luiz, César, Almeida, Ramos e outros das diferentes categorias.
A certa altura, Artur José saiu do campo e nós abordámo-lo, tendo-o já colhido a conversar com Ramos, a oportuna objectiva do nosso César Antelo.
- Amigo Artur José Pereira, os nossos cumprimentos e umas indiscreçõezinhas para a Stadium...
- Ora, que lhe posso eu dizer ? Nada... Agora não há nada... Estamos em principio de época...
- Pois é êsse nada mesmo que nós desejamos. Êsse nada em que o amigo resume os novos projectos...
O simpático treinador dos heróis de Belém, glória antiga do nosso futebol, descruzou os braços alisou a queimada testa rugosa e foi dizendo:

À tarde alguns fiéis às côres de Belém vão para as Salésias ver treinar os seus campiões


«Como sabe, o «team» de Belém costuma viver da prata da casa. Ora isso, se às vezes nos dá satisfação de apresentarmos elementos novos, rendendo à nossa imagem e semelhança o que o «team» precisa, também teu um contra: só nos permite lentamente renovar o grupo.
Raramente podemos ter o concurso de elementos já feitos, vindos de fora. Assim, é o que vê: só gente antiga, de muita alma e amor ao Club... É claro que terei de remoçar êste ano as linhas, especialmente a de médios. Mas os substitutos são ainda incertos. Todos, porém, vindos das categorias inferiores. Agora na Taça Preparação vou fazer alinhar vários elementos, ainda a escolher, obrigando-os a substituírem-se durante o encontro, para experiência. Todavia, espero alcançar o mesmo nível de classe do ano passado.
Os nossos treinos são, geralmente, doseados de forma a preparar os rapazes. Por agora, em principio de época, faremos uns treinos leves, cute, passes, e um pouco de jôgo a dois campos.
Com a época, vou reforçando, não só o ponto atlético geral como os particulares técnicos adaptáveis às condições de cada elemento, um por um. A toada do «team», êste ano, deverá ser o mesma»...
Artur estava a fazer falta no campo; deixámo-lo ir para os seus alunos e, aproveitando ainda a amabilidade extrema de um sócio antigo que estava destinando jogadores para a inspecção médica, ficámos sabendo terem tido os Belenenses, com os resultados da época finda, recebido mais 250 sócios !

Reportagem da revista "Stadium" de 28 de Setembro de 1932

Três atletas-fundadores do Belenenses na 1ª selecção de futebol de Lisboa

A 1ª selecção de Lisboa que em 1910 (ano da fundação da Associação de Futebol de Lisboa), estreou-se com o Stade Bordelais tendo vencido por 4-1.
Nessa equipa marcaram presença três futuros belenenses: Artur José Pereira, Carlos Sobral e Alberto Rio.

De pé e da esquerda para a direita: Merick Barley, W.Standen, Girão Caldeira, Henrique Costa, Artur José Pereira e Carlos Sobral.
Sentados e pela mesma ordem: António Stromp, Herculano Santos, Hans Shoebel, John Armour e Alberto Rio.

A.J.Pereira, como era conhecido, começou a jogar futebol para os lados das Salésias, em Belém - o grande viveiro de jogadores portugueses no início do século


Nascido em Belém (Lisboa), em 1889, Artur José Pereira foi unanimemente considerado o melhor jogador de futebol em Portugal até aos anos 30, pelo menos, sendo uma das primeiras grandes "estrelas" nos relvados nacionais.
"A.J.Pereira", como era conhecido começou a jogar futebol para os lados das Salésias, em Belém - o grande viveiro de jogadores portugueses no início do século.
[...] Aos 33 anos, o 'capitão geral' do Belenenses, "A.J.Pereira" despediu-se do futebol, enquanto praticante, a 26 de Março de 1922, no dia em que o "seu" Belenenses perdeu novamente a final do Campeonato de Lisboa, desta vez para o Sporting. "A.J.Pereira" foi o "capitão azul".[...]
[...] Nesta função (treinador), "A.J.Pereira" pôde ainda orgulhar-se de ter sido o mestre de grandes nomes do futebol português como "Pepe", Augusto Silva e César de Matos.
Faria dupla técnica com Cândido de Oliveira, em finais dos anos 30, no Belenenses e na selecção nacional.
"A.J.Pereira" foi ainda árbitro competente e respeitado, merecendo a distinção de Sócio de Mérito da Associação de Futebol de Lisboa.
Viria a falecer em 1943, três anos antes do "seu" Belenenses se sagrar campeão nacional. Tinha então 53 anos [...].
In "A Paixão do Povo" - História do futebol em Portugal.

Artur José Pereira


«Artur José Pereira (...) Possuía qualidades em que nenhum outro jogador o igualou, a maior de todas definida pela atitude artística.  Era completíssimo, perfeitamente ambidextro e com potente remate com os dois pés; jogava primorosamente de cabeça; era um driblador estupendo e tudo isto valorizado por uma combatividade e uma coragem sem limites» Cândido de Oliveira